quinta-feira

Do amor da morena terra

(Traga
O cheiro
A doçura
O Yang
E o que não pode ser dito)

Ela estudou os caminhos...
Se encheu no lar e surgiu na Terra.
É assim independente do que ele entenda
A verdade só depende dela mesma
E o oráculo de Delfos não esconde nem revela,

Sinaliza.
Simboliza.

Do âmago inabalável do amor preconcebido
Se nutrem e se atam
Sem possibilidade de entender a afirmação
Se farão harmonia da própria harmonia.

segunda-feira

Sonatina Lívia e Sartre em Si Bemol Movimento 1

Sobre a relação Sujeito-Objeto.


Quem já viu a lua cris?
Quem já ouviu um sonho?
Aquele pensamento bom que vem de outras esferas...
Que é soprado no seu ouvido
Que se ouve sem ouvir voz nenhuma
Quando a barriga esfria
e a gente sente que tem algo além pra entender...

Quem realmente (?) existiu (?)?


Era uma vez, na estrada de tijolos amarelos, a relação metafísica. Esta não era uma relação qualquer, era uma relação sujeito-objeto e só poderia ser assim. A existência é o que a gente consegue produzir sendo e o Ser já está estabelecido. O "ser" é objeto e ser é deixar de existir. "O sendo" é a experiência através da qual é possível existir e isso só é possível do lado de lá, do lado sujeito.

Ser sujeito sempre não é preciso, nem é desejável. Blá bla blá. [...] A gente cria o estado e ele recria a gente. E você segue riscando seu papel, demilitanto tudo... A cozinha, as panquecas, o casamento, a natureza, o professor de fisiologia vegetal e o de yoga.. que é mó limpeza.

É?
Mas e quando o desejo do sujeito é ser Um Só? Um só a dois ou Um Só com todo mundo?

Pois como num piano, onde uma mão toca e a outra responde, eu fico na direita e ele fica na esquerda.

Ali do lado dele tem vontade de ser sujeito do ser, tem vontade de tornar tudo objeto, tem vontade de não ter moral nenhuma definida, porque definir pega mal. Lá tem ruas iluminadas. Lá, quem ouve ouve som, vê com os olhos ou lê com a ponta dos dedos. Lá dá pra ler os pensamentos, porque eles estão es-cri-tos (em mais de uma língua!).

Aqui acontece de eu ser gente, acontece de ser estrela. Aqui tem que ter ouvidos de ouvir, tem vontade de dar sem nada em troca, tem vontade de ser mais do que só eu. Tem vontade de sentir o que ele sente e vontade de falar com passarinho.

Lá não tem disso não...
Não sei não, mas parece que lá não tem amor.




"A não ser que a compaixão tenha acontecido para você, não pense que você viveu de alguma maneira. Compaixão é florescimento." OSHO

Broto, você é massa!
Eu te amo!

Só para quando secar.

A magia aconteceu quando uma porta do céu se abriu e o que tinha de maravilhoso e estranho contido atrás do mundo azul desceu até nós na forma de bebedouro (0o). Eu estava só, mas coiotes vinham de toda parte, do corredor, das árvores, da sala da xerox, cercando o lugar encantado . O que ali acontecia era motivo pra deixar de ser só. Era o momento perfeito, bastava sentir. Todo mundo, sendo irreal, para tirar o peso de realidade. De alguma forma nós sabíamos que pelo menos por um instante sentimos o mundo da mesma forma. Se é isso é possível por um instante, é possível sempre. Uma espécie de Eu Transpessoal.


Para existir.
Para-existir.