quarta-feira
Escreva. Disse ele. Você tem vergonha de mostrar pro mundo que sabe escrever. Eu fui afalbetizada aos seis, eu não tenho pra que provar isso, é evidente. E além do mais, odeio quando me ordenam partindo do pressuposto que me conhecem mais porque me vêem de fora. Eu canto, eu danço, eu faço sucesso. A Lívia aqui dentro sabe que eu tô sofrendo. Me entender com ela eu só posso fazer sozinha. Não queira me mandar nada, não mande. Eu leciono, eu tenho seios lindos, eu faço sucesso. A Lívia aqui dentro sabe que eu tô sofrendo. Me entender com ela eu só posso fazer sozinha. Eu estudo ecologia, psicologia, educação, espiritualidade, blá blá blá, e você adora meus seios, eu sei. E sofre também. E eu chego a pensar se o caminho é mais obscuro que claro. Embora eu cante, dance e faça sucesso como se fosse claro. Algumas pessoas lá fora sabem que eu tô sofrendo. Eu e elas sentimos saudade.
terça-feira
Qual poema vou te escrever?
O do retrato ininteligível
dos quatro mebros apoiados
no maior dos fenômenos estéticos...
A consonância inteira, una.
É quando eu quero a vida e a morte,
o entender escorre comigo
e vira
lama.
(e é quando meu corpo mais se prepara
pra te receber e os argumentos morrem todos
asfixiados)
O do retrato ininteligível
dos quatro mebros apoiados
no maior dos fenômenos estéticos...
A consonância inteira, una.
É quando eu quero a vida e a morte,
o entender escorre comigo
e vira
lama.
(e é quando meu corpo mais se prepara
pra te receber e os argumentos morrem todos
asfixiados)
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