terça-feira

Ελευθερία

Eu mesma critico a escrita. Eu merma critico, marrapaiz. E tu morre e só deixa o livro... Fuleragem!


Então me diga, aí do além, se eu sou um aparato biológico, formado de milhares de átomos que “inteligentemente” interagem sem essência, de onde vem a força que me possibilita tomar uma escolha, exercer a liberdade, se sem essência eu só posso ser produto do meio? Como produto do meio pode ter livre-arbítrio?
Como algo se gera no mundo sem a essência da coisa em si?
Como certificar que não há determinismo histórico que impeça o Sujeito de escolher?
Como escolher a minha escolha sem recorrer ao que eu sou?
Será que só eu sinto que é preciso deixar de ser humano pra entender o raciocínio contrário?
Não interessa se é limitado e a situação não agrada.
Interessa o que é.
Interessa romper com o que não é para tornar-se (e nesse ponto a gente concorda).
Anos depois eu leio isso e penso:
Afe como eu ocupo minha cabeça com coisas desagradáveis!
Égua.

Então eu me concentrei na coisa boa que é...
E o barulho do mundo de repente parou
Uma paz.
Paz.
Vou já pra cozinha que eu ganho muito mais.


Vai dizer que sou louca?

Sou não...

segunda-feira

Que tem a Lua e tem o Sol do meio dia.


Mas há uma ânsia permanente, uma vontade de escrever, como se a conjunção do pensamento com o papel e a tinta constituísse uma ponte entre a solidão e os olhos dele. Há uma vontade de construir palavras como se elas tivessem o condão de me ligar ao sopro querido e muito experimentado do Guia. Como se as palavras se transformassem em bombas que explodem o tempo e o espaço e me unem à sensação de parte minha tocando o infinito.